Vendo-se de novo envolto em trevas
Perdido na escuridão,
Ouve um som atrás de si,
A voz da Solidão.
O maior medo dos vivos,
O companheiro dos mortos,
A própria morte sem face,
O caminhante dos caminhos tortos.
Onde estou?
Para onde vim?
Estou morto?
É este o meu fim?
Não morreste,
Só caíste.
Todo este tempo estiveste no paraíso
E não viste.
Um anjo não morre
É desterrado.
Dotado de tal ignorância,
Não me estranha que não te tenhas aguentado.
Deixaste o tempo passar,
Sem nunca teres vivido,
Não podes morrer se não estas vivo,
Mas nunca deixarás de estar perdido.
Entre os Homens agora
Aprenderás a viver.
Pois da próxima vez que me vires,
Não terás nenhum prazer.
Não percas tempo,
Aproveita a vida que terás,
Diz o que sentes
E vive sem medos,
Pois quando me deres a mão e fores,
Garanto-te que já não voltarás.
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