quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sonhos Contigo

Sonho à noite contigo.
Passo o dia sem ti.
Penso onde estarás
E recordo a última vez que te vi.

O brilho nos teus olhos
Encanta mundos sem fim.
Mas nos meus sonhos, contigo,
Os teus olhos brilham para mim.

Não importa quanto tempo passe,
Quantos dias serão,
Pois por muito longe que vás
As minhas palavras encontrarão o caminho para o teu coração.

Poesia

Passeio na margem de um rio,
num local sem calor ou frio,
Com o som da água a acompanhar
A melodia dos poemas que crio.

Na escuridão da noite
As palavras veem até mim,
Mostram-me histórias e lendas
E uma arte que não tem fim.

Retrata dias e noites,
Vitórias e derrotas,
Mostra heróis ao mundo
Escrevendo direito por linhas tortas.

Escrevo amor e solidão,
Com tinta em papel,
Penso as palavras com o coração
E sinto-as na minha pele.

Escrevo o que se esconde à vista,
Retrato o que já foi feito,
Mostro o mundo  na poesia
com cada qualidade e defeito.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Porque Escrevo?

Presta atenção,
Pois aqui irei dizer:
Porque escrevo,
Como escrevo
E o que me leva a escrever.

Não escrevo para obter reconhecimento
Ou mesmo por estar ligado a algo,
Um ideal, um sentimento.
Nas minhas rimas não coloco apenas ideais
Ou frases sentimentais.
Eu não descrevo quando escrevo
Não me basta ver para criar,
Não são palavras soltas,
Frases rotas
O que pretendo mostrar.
Escrevo algo que pretendo ensinar.
Não me limito a escrever
O que vejo,
O que sinto,
Quem penso ser,
O que invento ou o que minto.
Eu escrevo-me nas minhas rimas,
Sinto-me nos meus versos
Não faço muito mas coloco sinas
Em assuntos controversos.
Há algo mais do que parece mostrar,
Pois cada poema esconde uma história,
Possui algo que quero contar.
Em cada rima vês parte de mim,
Cada palavra te irá mostrar
Que, cada letra sou eu, simples assim, a divagar.
Não escrevo por gostar de inventar,
Só me pretendo expressar,
Uns dançam, outros cantam
Eu, eu gosto de rimar,
Sentir,
Tentar transmitir
O que aprendo e tento ensinar.
Não é negativismo o que pretendo passar,
Mas não seria a paz, o que se pudesse, iria desejar.
A guerra sabe muito que só ela nos pode ensinar,
Podia era o Homem não a usar como desculpa para matar.
Só me falta dizer o que pretendo ensinar:
Ninguém põe a mão no fogo
Esperando não se queimar.
Por isso, arrisca
Mas esperando perder ou ganhar.
Pois não devemos não temer nada,

Só não devemos temer arriscar.

Uma Ultima Vez

Eu escrevo uma ultima vez para ti,
Depois terei de partir.
A única coisa que é certa
É que não te deixarei a sorrir.

Eu quase não consigo olhar para ti,
Mas cada vez que o faço,
Vejo nos teus olhos que és forte o suficiente para aguentar,
Quem me dera poder dizer o mesmo quanto ao destino que traço.

Avanço,
Como se não tivesse opção.
Mas cada vez que ouvires a minha voz
Lembra-te que estarei contigo,
E tu no meu coração.

Se algum dia sentires a minha falta,
Saberás que sinto saudades.
Eu ouvirei mesmo que não compreenda,
Pois tu falarás mais alto que todas as cidades.

Sentirei pena por não te puder olhar nos olhos,
E tornar-se-á difícil não chorar,
Depois deste adeus tão longo
Do qual não conseguirei voltar.

E se eu pudesse escolher?
Será que preferiria ficar a sós?
Eu estarei sempre contigo,
Mesmo que não possas ouvir a minha voz.

Então…
Mesmo que custe estar de saída
E saber que terei de abandonar o mundo,
Saberás que estou contigo,
No âmago do teu ser,

Mesmo que seja lá no fundo.

domingo, 7 de julho de 2013

Um Sentimento

Um sentimento que alastra por mim,
Uma tal melancolia,
Uma triste alegria,
Sem princípio nem fim.

Encontro consolo na solidão
Procuro parar de sofrer
Não sei se os outros notarão,
Mas, não me interessa pois há coisas que só eu posso resolver.

Penso naquilo que não devia pensar,
Descubro perguntas que nunca me lembrei de perguntar.
Tinha respostas que começam a desaparecer
E aquele sentimento continua a crescer.

Olho através das sombras que me rodeiam
E não me consigo encontrar.
Vejo uma face ao longe
E um sorriso que me vem iluminar.

Por entre as sombras vejo agora a tua face
E ouço uma voz na minha mente silenciosa como o ar:
Quando por entre as sombras só conseguires distinguir uma face,

Saberás que chegou o momento de amar.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Olhar a lua

Vivo fechado num vale,
Ouvindo o choro da lua
E vendo as suas lágrimas escorrer.

Vejo o tempo passar como se corresse,
Não o consigo acompanhar,
Pois em cada dia que vivo é como se morresse.

Cada noite que passa admiro a lua,
A minha companheira,
Nesta noite nua,
Neste poema,
Neste momento que descrevo sem tema.

Mais um pouco e deixará de existir
A chama que habita em mim
Alimentada pela lua que não me deixa dormir.
Mais um pouco,
Tornar-me-ei eu.
Olharei a lua por mim,
Emerso na solidão,
Procurando o seu conforto.
Só eu, assim.
Perdido em letra,
Imaginando poemas,
Sonhando contigo
Entre risos e dilemas.

Cada noite,
Cada momento,
Abandono a solidão e o sofrimento,
Inspirado em ti
Que me tiraste deste tormento,
De não saber sonhar,
E me deste alento,
Levando-me a mim,


Levando-me a amar.

Herói ou Besta

Serei o herói ou talvez a besta,
Nesta vida que me ataque e me testa
Sem piedade nem emoção,
Obrigando-me a lutar, contrariando a mente
E seguindo o coração.

Serei eu, nesta vida, uma mera ilusão de mim,
Uma mera marioneta com princípio e fim
Sem capacidade de escolher lutar ou ficar,
Fugir ou imaginar,
Ser ou renunciar.

Serei eu, neste corpo, algo mais que apenas eu,
Que apenas gestos e pensamentos
Emoções e sentimentos.

Serei tudo aquilo pelo que lutar,
E não deixarei de o fazer,
Sorrir,
Sonhar,
Escrever.
Tudo isto irá ficar, permanecer

Enquanto possuir coragem para te amar e me vencer.

Erros

Sei que errei,
Agi mal,
Te magoei.
Sei que não agi como devia
Ou mesmo como queria.
Sei que não o devia ter feito
E só me posso culpar.
Mas, agora que me apercebi, estou disposto a mudar.
Irei enfrentar o que me assusta
E enterrar os meus demónios.
Sei que não é fácil, que custa
Mas não quero voltar a ser aquele que erra e se afasta para tentar não sofrer.
Não quero ser injusto, incorreto ou julgar.
Quer ser alguém em quem confies
Alguém digno de te amar.
Só quero que saibas que irei mudar,
Tentar não voltar a errar.
Não quero exigir algo que não me possam dar,

Mas talvez possa pedir que me venhas a desculpar.

Quantas noites

Quantas noites ao ouvir a chuva
Imaginei onde estarias.
Quantas noites sob o brilho da lua
Pensei no que sentirias.
Quantas noites no conforto da escuridão
Sonhei que me amarias.
Quantas noites ouvindo o som do silêncio
Reparei que sofrias.
Quantas noites… Quantas noites…
Mais do que posso contar
Quantas noites… Quantas noites….

Quantas noites mais, sonharei que me poderás amar.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Vida de um Anjo - Redenção da Alma (Parte II)

Vendo-se de novo envolto em trevas
Perdido na escuridão,
Ouve um som atrás de si,
A voz da Solidão.
O maior medo dos vivos,
O companheiro dos mortos,
A própria morte sem face,
O caminhante dos caminhos tortos.

Onde estou?
Para onde vim?
Estou morto?
É este o meu fim?

Não morreste,
Só caíste.
Todo este tempo estiveste no paraíso
E não viste.
Um anjo não morre
É desterrado.
Dotado de tal ignorância,
Não me estranha que não te tenhas aguentado.

Deixaste o tempo passar,
Sem nunca teres vivido,
Não podes morrer se não estas vivo,
Mas nunca deixarás de estar perdido.

Entre os Homens agora
Aprenderás a viver.
Pois da próxima vez que me vires,
Não terás nenhum prazer.

Não percas tempo,
Aproveita a vida que terás,
Diz o que sentes
E vive sem medos,
Pois quando me deres a mão e fores,

Garanto-te que já não voltarás.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vida de um Anjo - Queda do Paraíso (Parte I)

Um anjo surge nas sombras,
Dotado de cobardia,
Não teme a morte,
Teme apenas viver dia após dia.

Por entre as sombras
Veem-se as lágrimas que lhe escorrem pela face,
Nenhum sorriso se forma nos seus lábios
E só não quer que alguém o mace.

Vive na solidão,
Fechado dentro de si,
Numa concha enclausurada na escuridão
Preso numa tristeza, maior do que alguma vez vi.

Encontra-se perto e também distante.
Ajuda os que ama,
Sem nunca mostrar seu semblante.

Procura um lugar para amar,
Com um sorriso radiante,
Mas o amor atraiçoa-o
De uma forma impressionante.

Não procura riquezas,
Apenas amar.
Não procura aprender,
Apenas olhar.
Não procura um caminho,
Apenas andar.
Não procura por nada,
Pois tudo parece escapar…

Vê-se ao longe nas sombras
Um anjo perdido.
Não soube amar,
Rir,
Voar,

Até… até finalmente… ter … caído…

terça-feira, 2 de julho de 2013

Conselho da Noite

Numa tranquila noite de verão,
Enquanto caminho sem rumo,
Vejo ao longe alguém
Que caminha sem saber como.

Traz no corpo
O peso de uma noite que se mostra longa,
E no olhar
O sentimento de uma vida que se prolonga.

Caminha sem rumo, tal como eu,
Mas não busca aconselhamento na noite,
Procura por algo.
Talvez algo que perdeu,
Ou se esqueceu.
Talvez, talvez queira antes esquecer,
Uma memória que ele afasta
E teima em aparecer.

O dinheiro para a bebida acabara
E, para aquele desespero,
A solidão da noite
Fora a única coisa que sobrara.
Um olhar mórbido,
Marcado pela bebida,
Fixa fortemente a lua
Como se fosse a única saída.

Os seus lábios não se mexem,
Mas parece estar a falar.
Sente-se uma brisa noturna
Que o leva a parar.
Como se estivesse a ouvir,
A escutar.
A saborear o silencio
Que a noite tem para dar.

Pára, como se, se apercebe-se
 Que tem de voltar,
Mas o corpo não ajuda
Porque se recusa a andar.
Possui uma mente,
Demasiado triste
Para poder o espírito alimentar.
E, só à custa de muito esforço,
Põe os pés a caminhar.

Procurei na noite por conselhos
E acabei por encontrar.

Se caminharmos para a solidão
Acabaremos por nos mortificar.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Quando te olho nos olhos

Quando olho nos teus olhos
É como se estivesse a ver o céu noturno sob o brilho da lua
Toda a beleza do nascer do sol no teu olhar
Beleza essa que só pode ser comparada à tua.

É como se todas as estrelas
Viessem de tão longe para admirar a tua beleza,
Para te ver acordar
E sorrir para elas com majestosa pureza.

Mas apesar de tudo isso
Eu, eu apaixonei-me pelo que vi dentro de ti
Pelo teu sorriso e pela tua simpatia
Pela tua voz e companhia.

Faria tudo a troco de nada
Se soubesse que isso me levaria a ti
Atravessaria oceanos e desertos
Para puder estar contigo,
Mas,
Continuo aqui, a olhar-te nos olhos
Sem saber o que fazer,
Escrevendo o que o coração pensa

E não consegue dizer.

A beleza de viver

Um sorriso que se abre,
Uma gargalhada que se houve,
Uma lágrima de felicidade a escorrer pela face,
Tudo coisas banais,
Mas são as únicas coisas capazes de dar sentido à vida.

Uma perda torna-nos mais fortes,
Uma noite em branco, faz com que nos conheçamos
Um amor, danos tudo o que precisa-mos.

Um dia sem ganhos não é um dia inutilizado.
Um momento mais tarde não é um momento atrasado.

Para mim, um dia sem te ver é um dia perdido
E um momento sem te amar é um momento desperdiçado.

Hoje, olho-te nos olhos e sinto-me abençoado,
Porque para mim nada do que vivo tem valor, se não for vivido a teu lado.
  


domingo, 30 de junho de 2013

Momento seguinte

E, no momento seguinte
Tudo poderá ter acontecido.
O mundo refletido no teu olhar
Ou o tempo, num beijo, esquecido.

No momento seguinte
Poderemos alcançado a felicidade que buscávamos,
Poderemos ter permanecido indiferentes,
Ou podemos ter encontrado o amor que esperávamos.

No momento seguinte
Não me interessa o que poderá ter acontecido.
O importante foram as nossas cabeças juntas

E o meu olhar que nos teus olhos parece perecia perdido.

Não me interessa

Alguma vez foste discriminado
Por escrever
Dizer ou pensar
Algo que consideras errado?

Alguma vez te sentiste desesperado
Por ouvir
Ler ou imaginar
Que o teu esforço não será recompensado?

Alguma vez quiseste desaparecer
Porque amas,
Admiras ou desejas
Alguém que não podes ter?

Não me interessam as merdas que podem pensar
Os segredos que podem inventar
Ou aquilo que podem contar.
Faço o que quero
Com o único critério

De conseguir as minhas ações aceitar.

Então é isto...

Então é isto...
Foi nisto que me tornei,
O ponto a que cheguei
Na minha busca por me encontrar
Na qual me distanciei,
De quem sou,
De quem deveria ser.
Do que sou,
Do que quero ser.
Então foi isto que eu fiz,
Foi isto que eu criei,
Entreguei a minha liberdade ao destino
E não me preocupei.
Mas agora terminou.
Encontrei quem devia ser.
Libertei-me do destino
E recuperei a coragem de escolher.
Regressei,
Estou vivo outra vez,
Mais vivo do que o que alguma vez estive.
Vou soltar o que retive,
Pois não sei de onde vim
Ou onde estive,
Sei que regressei,
Ou que, pelo menos, me encontrei.
Agora sei que posso fazer tudo o que quiser,
Pois reencontrei a coragem

Para enfrentar o que vier.

Noites Frias

As noites frias que passei acordado
Lembrando o teu sorriso
E sonhando-te a meu lado.
O tempo que perdi a pensar se te amava
E os dias que vivi e nem te falava
Os meses que passei, para te tentar esquecer
Os mesmos que sofri por não te puder ter.
O tempo que quis amar
E aquele que amei
O tempo que quis lembrar
E o que negligenciei
Os dias que passaram
E não te pude ver
As noites que passaram
E não te pude ter.
O amor que senti
Em nada se pode comparar
Com o amor que sinto
E não sei demonstrar.
Sinto-te longe,
Distante,
A afastar
Sinto-me só e longe de te conquistar.
Tento esquecer, mas só consigo lembrar
Tento ser forte e só me consigo desencorajar.
Corro parado, pois não consigo avançar,
Amo-te e não sei se o sei demonstrar,
Vejo-te a sorrir e sinto vontade de chorar...
Pois, sei que te amo e não te sei amar.

Sentimento de um Poeta

Olho-te nos olhos e vejo o que falta em mim,
Procuro encontrar um rumo,
Mas caminho numa estrada sem fim.
Não sei o que pensar,
Não sei o que fazer.
Se penso não consigo falar,
Se falo, não consigo entender.

Não procuro riquezas,
Procuro saber amar.
Entre grandes feitos e proezas
Não me consigo encontrar.
Não é a minha forma de ser,
Não é a minha forma de pensar.
Vivo para aprender a viver
E escrevo para poder ensinar.

Continuo, pois não sei desistir,
Escrevo porque uma coisa é certa.
Cada palavra, cada letra
Faz-me sentir diferente

Faz-me sentir poeta.